Cada um no seu app - plataformas descontinuam a função stories

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Criado originalmente pelo Snapchat e popularizado pelo Instagram como “Stories”, o formato de conteúdo que expira em 24 horas, foi descontinuado em duas redes. O Twitter e o LinkedIn anunciaram, praticamente juntos, o fim do recuso em suas plataformas. Ambas confirmam que os usuários não aderiram ao formato da forma esperada. 

No Twitter, a função de “histórias breves” que recebeu o nome de “Fleets” durou um pouco mais de 8 meses. Quando a plataforma anunciou que a ferramenta sairia do ar, os usuários brasileiros iniciaram uma campanha orgânica de despedida, onde tuiteiros postaram fotos sensuais para marcar o encerramento da função. A adesão foi além dos usuários comuns, celebridades e marcas também surfaram na onda do adeus ao Fleets.

Já no LinkedIn, o recurso durou um ano e, também, não se popularizou entre os usuários. A plataforma, onde a principal pauta é a vida profissional, promete novos recursos de vídeos, mais “rico” e “comunicativo”, segundo a diretora sênior de produto do LinkedIn, Liz Li. Enquanto essa nova ferramenta não é disponibilizada, a plataforma anunciou a compra do App Jumprope, onde sua principal funcionalidade é a criação de vídeos tutoriais.

Porém, mesmo com os encerramentos constantes da função de vídeos que expiram em 24 horas, não pode se afirmar que o formato está caindo em desuso e que os usuários não estão mais produzindo conteúdo. Já que o Instagram continua com a média diária de 500 milhões de usuários ativos nos Stories, e o Snapchat (sim, Snapchat!) teve um aumento de 22% na sua base de usuários diários em relação ao ano passado, chegando a marca de 500 milhões ao mês. 

É importante observar as tendências de comportamento dos usuários, já que os movimentos do mercado digital mostram que nem sempre um formato que deu certo em uma plataforma vai ser aderido pelos (mesmos) usuários em outras redes. Vale destacar que todas as redes sociais do grupo Facebook, como o próprio Facebook e o WhatsApp, possuem “stories” e até o momento, mesmo sem grande popularização, nenhuma foi descontinuada.

Nos últimos meses muito se falou sobre o Instagram não ser mais um app de foto e sim de vídeo e entretenimento, visando concorrer diretamente com TikTok. Mas, observando a falta de adesão dos usuários a recursos orginalmente nativos de outras redes, será que essa transição do Instagram vai ser bem recebida?

Uma coisa é certa, as plataformas estão cada vez mais focas em disponibilizar ferramentas intuitivas para que todos produzam conteúdo de forma criativa e democratizada, criando histórias (não tão curtas) mas que gere diálogo e interação!

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